Destaques

quinta-feira, abril 05, 2007

Ainda Richards e as cinzas do pai

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

De acordo com as leis do jornalismo, sou obrigado a voltar à questão do Rolling Stone Keith Richards e as cinzas do pai, conforme publicado no blog ontem pelo Anselmo, e dar a versão do outro lado.
Segundo o Globo.com, “Horas após a divulgação da história de que Keith Richards havia cheirado as cinzas de seu pai misturadas com cocaína, a empresária do guitarrista (...) negou a veracidade da declaração”. A empresária Jane Rose disse ainda: "Não consigo acreditar que alguém tenha levado a sério. [Keith] disse [aquilo] como piada". Veja aqui a matéria.


As pessoas acharam chocante a informação. Antes do desmentido, recebi, por exemplo, um e-mail de uma amiga, minha cunhada Rose, que é professora, dizendo o seguinte: “custou ao meu cérebro produzir qualquer tipo de juízo verbal, tamanho o caráter bizarro do conteúdo lido”. Mas ela ressalvou: “como as palavras logo jorraram de minha mente tão afeita à necessidade de evocações vocabulares na interpretação das sensações, deixo-as fluírem sob o impacto das idéias concebidas (...) Heresia. Afronta. Desmistificação do sagrado. Invasão ao cerimonioso. Apropriação do intocável. Destruição do dogmático. Irreverência diante do pecado estabelecido. Extravagância”.

De qualquer maneira, fica a pergunta: qual era a verdade: a notícia ou o desmentido?

8 comentários:

Anselmo disse...

qual é a verdade não dá pra dizer... mas em termos de verossimilhança, não tenho dúvidas.

Glauco disse...

A verdade não existe.

Marcão disse...

É isso aí: publique-se a versão.

Anônimo disse...

Não sei quanto a vocês, mas não entendi o que quis dizer a citada amiga Rose.

Marcão disse...

Nem eu (rs).

Edu Maretti disse...

ué, o suposto ato de Richards pode ser um "verbete", com algumas acepções, tais como: "Heresia. Afronta. Desmistificação do sagrado. Invasão ao cerimonioso. Apropriação do intocável. Destruição do dogmático. Irreverência diante do pecado estabelecido. Extravagância".

Anônimo disse...

Explico-me. Meu cérebro, acostumado a tentar traduzir a realidade apreendida por meio de palavras - por ser professora de português e, antes, ser humana - procurou, após o choque inicial diante do bizarro ato de Richards, "verbetes" pessoais que elencassem julgamentos. Daí "heresia, afronta, desmistificação"...

Ao que acrescentei (no e-mail enviado ao meu cunhado Edu Maretti):

"Ou... Reverência sem precedentes (?)na sociedade civilizada. Homenagem. Candura. Fidelidade às próprias concepções (coragem?). Assim: controverso, sem ligas nem coesão, contraditório, paradoxal."

Enfim, um amontoado de antíteses que podem emanar de um personagem feito Keith Richards. Se é que me entendem (hehehe)...

Abraço a todos!

Marcão disse...

Agora entendi. Mas deixo uma pergunta meramente bloguística: cheirar as cinzas do pai é futebol, política ou cachaça?