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sexta-feira, novembro 17, 2006

Morre o lendário húngaro Puskas

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O mítico ex-jogador húngaro Ferenc Puskas morreu na madrugada desta sexta-feira, aos 79 anos de idade, em conseqüência do mal de Alzheimer, de que sofria há seis anos. Puskas, craque da Copa do Mundo de 1954 e bicampeão europeu pelo Real Madrid, estava internado desde meados de setembro numa clínica de Budapeste. Seu estado de saúde era crítico há dias.
O ex-jogador foi internado na UTI do hospital em setembro, e praticamente perdeu o contato com o mundo, segundo informou seu amigo Jenö Buzanszky, também ex-jogador da seleção da Hungria. "Esta é uma enorme tragédia para a Hungria e especialmente para nós, seus amigos", disse Buzanszky, ao saber da notícia, à agência húngara MTI. "Ontem falei com os médicos e eles comentaram que Puskas viveria até que seu coração agüentasse. Morreu o maior nome do esporte do país", acrescentou.
Com a morte de Puskas, só restam vivos dois integrantes da seleção húngara que encantou o mundo nos anos 50: o próprio Buzanszky e o goleiro Gyula Grosics. Puskas era considerado um dos grandes jogadores do século XX. Liderou a seleção húngara na conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 1952 e na final da Copa do Mundo de 1954, que seu país perdeu para a Alemanha Ocidental por 3 a 2, depois de estar vencendo por 2 a 0.
Nos anos 60, ajudou o Real Madrid a ganhar três Copas da Europa, atual Liga dos Campeões (1959, 1960, 1966). Na final de 1960, fez quatro gols. No total, balançou as redes 512 vezes em 528 partidas pelo clube madrileno. A equipe espanhola contratou Puskas depois que ele abandonou a Hungria em conseqüência da revolta anticomunista de 1956. De 1943 a 1956, defendeu apenas um clube em seu país, o Kijpest, mais tarde chamado de Honved de Budapeste, o time do Exército.
Puskas fez 83 gols em 84 partidas pela Hungria, de 1945 a 1956, um período em que a seleção magiar era chamada de "time de ouro" ("golden team"). O craque se naturalizou espanhol em 1962 e disputou sua segunda Copa do Mundo por um novo país. Depois de pendurar as chuteiras foi treinador do clube grego Panathinaikos, com o qual conquistou dois títulos nacionais e que também levou à final da Copa da Europa em 1970-71. Nos anos 70 e 80, Puskas foi técnico de mais de 10 equipes de todos os continentes.
Entre as equipes que comandou estão o chileno Colo Colo, o grego AEK de Atenas, o egípcio Al-Masri e o australiano Panhellenic Melbourne. Chegou inclusive a ser o técnico da seleção húngara por alguns meses em 1993. Em agosto de 2005 o Real Madrid disputou em Budapeste uma partida beneficente para arrecadar fundos em favor do tratamento de Puskas contra o mal de Alzheimer. O jogo foi realizado em um estádio nacional lotado, que no mesmo dia foi rebatizado com o nome de Ferenk Puskas.

3 comentários:

Anselmo disse...

solicito procedimento de se beber a título de homenagem póstuma.

Glauco disse...

Concordo com o voto do relator acima.

Marcão disse...

Sugiro listar quem está na bola 7 (como a Nair Belo) pra gente organizar uma agenda fúnebre de bebedeiras.