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terça-feira, outubro 31, 2006

A surpresa de Dunga

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Como já virou praxe em toda convocação da seleção brasielira, a de ontem anunciada pelo técnico Dunga trouxe algumas surpresas. Ele trouxe de volta Ricardo Oliveira, Diego e o goleiro Juio César, chamando também pela primeira vez o volante Fernando, ex--Juventude, de 25 anos, e que está no Bordeaux, da França. O meia defensivo foi uma indicação do atual treinador da equipe francesa, Ricardo Gomes.
Mas a maior surpresa foi a convocação do único atleta que joga no Brasil. O lateral Carlinhos, de 19 anos, reserva no Santos, é um ilustre desconhecido para a maior parte da torcida. Vi algumas partidas na Vila Belmiro em que ele atuou e sua entrada tem se tornado freqüente nos jogos do time. Invariavelmente, o jovem entra no segundo tempo como uma alteração tática de Vanderlei Luxemburgo. Ou entra no lugar de um dos três zagueiros dando mais ofensividade à equipe e ou entra no lugar de um dos meias. Em ambas as situações, Kléber é deslocado para o meio de campo, exercendo uma função mais ou menos ofensiva de acordo com o andamento da partida.
Carlinhos passou pelas categorias de base da seleção, tendo sido campeão com a seleção sub-20 da 6ª Copa Internacional do Mediterrâneo, disputada em Barcelona, no primeiro semestre. Tem como forte o arranque em diagonal, levando perigo ao gol adversário e chegando a marcar alguns gols, como o anotado na vitória contra o São Paulo, em partida recheada de reservas de ambos os lados válida pelo Brasileiro de 2005. Seu cruzamento também é um fundamento que vem sendo aprimorado, embora esteja longe dqa qualidade do titular Kléber, que vive ótima fase.
No entanto, assistindo aos jogos na Vila, confesso que muitas vezes fiquei temeroso com a entrada do garoto. Seu senso de cobertura não é dos melhores e várias brechas são econtradas pelo adversário em seu lado. Se ele entra no lugar de um dos três zagueiros, o temor é ainda maior.
Mas por que Dunga teria convocado um reserva? Ao que parece, ele está testando, a cada convocação, jogadores que podem atuar no Pré-Olímpico. Além disso, a lateral esquerda, repleta de bons jogadores em um passado recente, vive uma escassez de novos valores. No Brasil, Júnior, do São Paulo, tem 33 anos, e, fora, Roberto Carlos parece aposentado da seleção, Serginho também já tem 35 e Léo, do Benfica, tem 31 anos. Vendo por essa ótica, a estranha convocação, que surpreendeu o próprio lateral que achou se tratar de um trote, faz sentido.

3 comentários:

Anselmo disse...

É complexo testar molecada na seleção principal. Se o conjunto jogar bem, ele pode corresponder tbem, mas isso nao quer dizer que seja o camisa 6 da Sub-23. Se for mal, podem dizer que nao sobrou espaço ou qeu ele pipocou. Em suma, qual a vantagem?

Marcão disse...

Acho que os amistosos servem exatamente pra isso: botar qualquer um pra jogar e ver se vale a pena. Melhor que convocar os velhos "europeus" de sempre. E o Brasil precisa de renovação nas laterais, mesmo. Só quero ver se o Dunga terá coragem de marcar amistosos da seleção contra times brasileiros, tipo Santos, São Paulo, Inter ou Grêmio. Aí sim, como antigamente, seria possível testar alguma coisa pra valer.

Edu Maretti disse...

Já eu acho que a idéia é colocar o guri na vitrine pra vender depressa, na janela do mercado europeu do fim/começo do ano, e pegar a comissãozinha.